PARTE 4
Jesus frequentemente se via cercado de muita gente, a exemplo da multidão que sempre o seguia. No final do capítulo quatro, quando Lucas começa a narrar o ministério público de Jesus na região da Galileia, ele diz que o Mestre vai para um lugar deserto, mas “as multidões o procuravam” (4.42). Logo adiante, quando Jesus estava à beira de um lago, “grandes multidões se apertavam em volta dele para ouvir a palavra de Deus” (5.1). À medida que as notícias a respeito dos feitos de Jesus corriam a região, “grandes multidões vinham para ouvi-lo e para serem curadas de suas enfermidades” (5.15). Embora fosse “assediado” por tanta gente constantemente – “todos procuravam tocar nele” –, Jesus não se esquivava ou fugia da multidão, mas “curava a todos” (6.19).
A multidão é incansável: segue Jesus a caminho de Naim (7.11); junta-se para ouvi-lo ensinar (8.4); recebe-o com alegria, quando o mestre regressa de uma viagem de barco (8.40); segue-o junto com seus discípulos – mesmo quando estes querem ir a um lugar deserto e ter um tempo a sós, Jesus recebe a multidão, ensina sobre o reino de Deus e cura os enfermos (9.10-11).
Missão tem a ver, prioritariamente, com gente. Tem a ver com incluir todos os tipos de pessoas para formar uma multidão que segue Jesus. Mas também tem a ver com chamar as pessoas a se moverem para perto dele, se aprofundarem no relacionamento com ele e serem verdadeiros amigos e discípulos – sal que tempera o mundo e luz que dissipa a escuridão.
Leia mais
Parte 1 – Missão é movimento: reflexões a partir do evangelho de Lucas
Parte 2 – Missão é o Espírito Santo em movimento
Parte 3 – Missão é o Filho do Homem em movimento